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[FanFic] The Half-Blood & Os Olimpianos - Os Sangues Puros || Por: Lilliel Sumire Eucaristia

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Mensagem por Lilliel Eucaristia Qua Nov 02, 2011 1:03 am

Título: The Half-Blood & Os Olimpianos – Os Sangues Puros
Autor: Lilliel Sumire Eucarista
Gênero: Drama, Ação, Aventura, Romance, Fantasia e mais alguma coisa que aparecer
Classificação: 15 anos (mais será que alguém realmente respeita isso)
Disclaimer: Percy Jackson e Os Olimpianos assim como seus personagens não pertencem a mim, mas sim ao Rick Riordan-sama.

Observações:
*Essa FanFic é narrada por quatro pessoas diferentes. Cada narração é individual e reflete o ponto de vista de um deles sem a interferência direta dos outros na narrativa.
**Três dos personagens são de minha autoria parcial (a outra metade é dos deuses) como não sei se eles realmente serão bem aceitos espero suas opiniões sobre qualquer duvida.
***Por último peço desculpas qualquer contrariedade e eventual erro de português que apareça. Também faço questão de agradecer a todos os que vierem a ler a Fic mesmo que não esperem muito. (Confesso que apesar de ter gente que diz que eu escrevo bem duvido muito disso, mas enfim gosto não se discute.)

Agora...

Sinopse:
A muito tempo uma profecia especial foi feita.
Ela trouxe consigo o anuncio da vinda de Três Coroas que se tornariam os novos Três Grandes.
Os deuses a ignoraram, pois entre eles a profecia não tinha sentido.
O tempo lhes mostrou a resposta e a primeira parte surgiu.
Agora nada pode parar o destino. Nem deuses. Nem heróis. Nem a Coroa.
Só resta seguir o caminho a sua frente.
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Qua Nov 02, 2011 1:06 am

Introdução

Percy:
“Eu pensei que depois de derrotarmos Cronos poderiamos viver uma vida normal de meio-sangues: algumas aventuras, momentos de quase morte e, quem sabe com sorte, meu namoro com Annabeth correria normalmente”.

Cara como eu tava errado.
O pior é que de certa forma dessa vez a culpa realmente era minha.”

Galatea:
“Quando você é uma criança órfã a coisa mais legal que pode pensar é ter uma família feliz. Bom, eu consegui isso.

Só não levei em conta que tinha conseguido mais do que uma família adotiva e mais problemas para minha vida não muito sortuda. Assim eu acabei arrumando mais confusão do que precisava.”

Annabeth:
“Existem pessoas que dizem que se tivessem tido a chance de conhecer seu futuro antes dele as atingir teriam feito muitas coisas diferentes.

Mas se eu tivesse tido essa oportunidade faria tudo igual.
Afinal nem todas as escolhas ruins do meio do caminho tornam seu final infeliz.”

Teresa:
“...Certo, algumas coisas não mudam.
Ainda assim, certas coisas doem muito mais em quem já passou por elas ao ver outros na mesma situação.”
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Qua Nov 02, 2011 1:07 am

Cap. I: Os Jackson


Galatea

Meu nome é Galatea Smith.
Sou uma garota de doze anos órfão de pai e mãe, que até algum tempo atrás não tinha a quem recorrer.
Mas isso mudou a dois anos quando a Sra. Sally Jackson e seu marido o Sr. Paul Blófis adotaram a mim e meu melhor (e não conte a ele, mas também mais querido) amigo Rigardo Wolf.

Nó dois temos doze anos e chegamos juntos ao orfanato.
Devíamos ter uns quatro anos no máximo. As freiras sempre nos disseram que eu vestia um vestido azul com um casaco verde-água e sandálias.

Rigardo vestia uma camiseta azul escuro com um conjunto preto, a blusa com um raio dourado nas costas e tênis. Essas roupas são as únicas lembranças certas sobre nossos pais.

Sabemos que não somos irmãos por que a letra nas cartas e nossos sobrenomes são diferentes.
Nossos nomes estavam nas cartas, mas segundo as freiras nunca encontrara um documento confirmando isso, então acabaram nos registrando em nome da instituição.

Moramos em Nova York. Com nossa nova família, mas ainda temos essas lembranças guardadas.
Sobre minha vida e do Rigardo você só precisa saber que coisas muito estranhas acontecem com a gente.


Eu tenho um dom nato para qualquer confusão que envolva livros e água.
Como quando fiz, não sei como, as revistas de uma banca com dono muito mal-educado perderem todos os grampos das folhas ou quando na excursão do orfanato no aquário a alavanca do tanque dos tubarões girou e um deles passou por baixo da minha perna me levando pra “cavalgar” nas usas costas.

Foi bizarro.
Já o Rigardo, bem ele tem uma coisa com fogo e eletricidade que é muito complicado.
Sempre que ele fica bravo e a fiação do lugar não é aterrada algum eletrodoméstico queima (ou todos), ou se ele tiver com papel, plástico ou qualquer outra coisa não mão que possa queimar pode ter certeza que queima.

Mas nossa nova família é maravilhosa. A melhor, na minha opinião
Sally tem um filho de dezoito anos chamado Percy, eu adoro ele como se fosse meu irmão de verdade, que tem uma namorada chamada Annabeth, que é super legal.

Olhando de fora somos pessoas normais, mas pode acreditar, minha família é muito estranha.
Fora tudo que eu já falei antes tem mais, muito mais.
Digo isso por que tanto eu como Rigardo, Percy e Annabeth somos disléxicos, hiperativos e temos transtorno do déficit de atenção. Isso me vez pensar de inicio que Sally e Paul tinha alguns parafusos a menos na cabeça, muitos deles.

Quase me esqueci mas para fechar com chave de ouro, acredite, somos as pessoas mais azaradas que conheço.
Rigardo e eu não temos sorte com escolas por isso estamos deixando a Goode High School, escola que Paul da aulas, para um futuro aonde possamos durar mais de um ano lá.

Tanto eu como Rigardo já fomos expulsos de pelo menos oito escolas desde que começamos a frequenta-las.

Mas posso dizer que somos uma família feliz.
Ah, sim. Quase me esqueci de comentar que também temos uma irmãzinha caçula, Marry, filha de Sally e Paul. Percy baba muito por ela, mas por incrivel que pareça ele também baba muito em cima de mim. Um legítimo irmão curuja.

Mas se quer saber tem uma coisa muito bizarra que acontece lá em casa.
Fora o que eu já comentei.
As vezes Percy e Annabeth somem por meses inteiros e depois de voltarem tudo ferrados dizem que foi divertido. Ontem depois de dois meses eles chegaram dizendo que iriam levar Rigardo e eu para seu acampamento de verão.

Por isso hoje levantei bem cedo e sai para a aula com Rigardo e ainda eram seis da manhã. Não que nós não gostemos dos dois, mas não estamos afim de ficar mais ferrados do que o normal.

-Galatea, seu irmão pediu para você esperar. Ele vai ficar preocupado filha.
-O Rig cuida de mim mãe.
-Mas o Percy também pediu para o Rigardo esperar por ele.
-Nós temos que ir mãe. -Rigardo gritou da porta enquanto eu chamava o elevador.
Entramos no elevador com cara de quem estava com o pescoço na forca.
-Foi por pouco. -Rigardo
-Nem me fale. Afinal o que pode acontecer de mal a ponto de precisarmos de mais dois azarados. -Brinquei


Eu nem imaginava que aquele seria o pior dia da minha vida até o momento.
Ou pelo menos o mais louco.

Continua...
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Dom Nov 13, 2011 9:07 pm

Cap. II: Não Conte aos Pais and Dark Fly


by Percy

Acordei com um aperto as minhas costelas e por mais que eu soubesse de onde ele vinha aquilo nunca acontecia, por que Annabeth definitivamente não é do tipo que agarra alguém enquanto dorme. Muito pelo contrário.

Acho que ainda não contei a vocês mas a família de Annabeth se mudou para Nova York a dois anos, pouco depois daquela confusão envolvendo o Olimpo, os Titãs e o quase fim do mundo. Com isso meu namoro com ela se tornou quase igual ao de um casal normal.

Tão normal no último ano que eu tenho certeza que a mãe de Annabeth, Atena, deve estar fazendo os planos da minha morte com requintes de crueldade.

Já eram sete da manhã e ainda tinhamos que escoltar Galatea e Rigardo até o Acampamento Meio-Sangue. O jeito que Annabeth apertava minhas costelas parecia proposital.

-Ok. Bom dia pra você também Annabeth.
Ouvi um resmungo baixo e nenhuma resposta, ela ainda estava dormindo.
Me aproximei de seu ouvido e disse:
-Encontrei um erro no seu projeto.
Ela levantou como um raio acertando meu nariz de raspão.
-Impossível, eu refiz os cálculos três. E você é péssimo de matemática...
-OK. Bom dia pra você. Também te amo. -Respondi massageando meu nariz.
-Pelos deuses Percy. Tinha que me acordar assim?
Ela pulou da cama, pegou suas roupas e começou a se vestir. Fiz o mesmo.
-Chamar eu chamei, mas você não me ouviu.

Terminei de vestir a camisa enquanto ela suspirou e foi para a janela ficar olhando para o edifício Empire State, para o Monte Olimpo.

-Percy, você acha... que minha mãe... sabe que... nós dormimos juntos... a um ano?
-Se ela não souber disso a um ano descobriu pouco depois e garanto que ela não foi a única.

-Será que ela tá muito brava com você?
-Concerteza. Mas acho que ela não faz nada por sua causa. Já imaginou você fazendo o papel do Luke? -Tive que dizer

-É. Você tem razão. -Ela confessou
-Vamos, ainda temos que levar aqueles dois até o acampamento.
Annabeth me olhou como se eu não precisasse lembra-la daquilo. Estavamos saindo do quarto quando ela virou assustada e olhou para a janela em direção ao Olimpo.

-O que foi?
-Nada, só um mau presentimento.
Não falei nada, mas a última coisa que meio-sangues precisam as vésperas de uma missão de escolta são maus pressentimentos.

Quando encontramos minha mãe e Paul na sala ela nos olhou e disse:
-Os dois já foram para a aula. Disseram que não poderiam esperar vocês. Até tentei fazer eles esperarem, mas mesmo sendo bons meninos os dois são meio-sangues.

O dia mal começara e já tinhamos pelo menos um problema.
Eu ia matar os dois se os monstros não fizessem isso antes.

===============================================================

by Teresa

Acordei assustada como a mais de um século não acontecia.
-Ei. Aonde você vai?
Ouvi me chamar, mas não consegui parar para responder. Corri pelas praças da cidade enquanto materializava minhas roupas atrás de uma fonte com um arco-íris, o Sol havia nascido a pouco.

“Droga. Vai acontecer de novo.” Quando achei a fonte certa arranquei o dracma de ouro da corrente em meu pescoço.

-Íris. Me mostre Hades no Mundo Inferior. É urgente.
Felizmente Íris pareceu considerar meu estado e atender meu pedido.
Hades estava em seu trono, o que eu estranhei um pouco.
-A que devo a honra Teresa? -Ele cuspiu entre dentes.
Devia ter passado a noite trabalhando. Nossa conversa não seria boa.
-Não é difícil descobrir. Você sentiu não sentiu? Outro vai nascer em breve.
Hades fez uma cara de desgosto, mas não era ódio, era pena.
-Eu sei, mas o que quer que eu faça? Não posso interferir. Se pudesse a mãe dela já teria feito isso.

-Eu não acredito... é morte certa... você podia ter... por que não avisou... a mim... a eles... qualquer um... -Senti meus joelhos dobrarem e baterem no chão.

Ele desviou o olhar.
-Vá para o acampamento até a hora chegar, vou avisar Quirón e ele vai recebe-la. Aproveite que pode interferir no destino deles diferente de nós e não deixe terminar como da outra vez.

-Posso mesmo fazer isso?
-Vá logo. Estou cansado.
Hades mexeu a mão e a mensagem sumiu, em seu lugar a própria Íris apareceu com seu sorriso de sempre, a pele bronzeada, cabelos loiros, olhos azuis, com um vestido florido e sandálias cheias de areia.

-Não foi muito educado da sua parte me chamar daquele jeito. -Sua voz saiu e por um momento eu senti que tudo era mais bonito e cheio de esperança do que jamais seria.

-Desculpa. Eu estava muito nervosa.
-Notei.
Ficamos em silêncio por um tempo.
-Vai acontecer de novo, não é?
-Já esta acontecendo. -Olhei para o céu ainda dividido entre o dia e a noite. Estalei os dedos e a sombra ao meu lado pareceu ficar líquida. -Vou nessa Íris. Se cuida.
-Você também.

Um cavalo negro como a noite, com olhos e crina de fogo, cascos de aço e asas de dragão saiu da sombra.

Íris se dissolveu em um suave brilho colorido.
Montei o animal e juntos mergulhamos nas sombras.
Para o coração das trevas.

Continua...
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Sex Nov 25, 2011 5:45 pm

Cap III: Encanto os Canos d’Água da Escola

by Galatea

Quando você é uma das pessoas mais azaradas do mundo chegar mais cedo na escola ou mesmo colocar os pés para fora de casa significa mais azar. Principalmente com uma ventania daquelas em pleno verão.

-Meu cabelo está um horror. -Resmunguei enquanto vários fios chicoteavam meu rosto.
-Pra mim ele está bom assim. -Rigardo disse distraído.
-Sei...
Olhei no vidro de uma das lojas, o vento estava conseguindo a façanha de bagunçar ainda mais meus cabelos negros já desgrenhados. Como se já não bastasse minhas lutas matinais com o pente e o espelho.

-Vamos, você está perfeita Téa.
-Fácil pra você falar. Aposto que nunca brigou pra arrumar seu cabelo, fora seus olhos azul escuro quase preto que ajuda a terminar essa cara bom menino. A única coisa boa na minha aparência são meus olhos.

-Ok. Então vamos logo garota dos olhos verdes tempestuosos. -Ele disse contendo o riso.
Odeio quando ele descreve meus olhos assim. Por que sei melhor que ninguém que é verdade.
Ele puxou meu braço para terminarmos a última quadra antes da escola.
Cara, a gente devia era ter voltado.

Na porta do Colégio Abram Lincon tem uma doceria e para meu imenso desprazer encontrei Peter Willson, o tipo de garoto mais detestável do mundo, saindo de lá arrastando um garoto gorducho que concerteza foi o responsável por pagar todos os doces na sacola que ele carregava.

-Olha só se não são os órfãos esquisitos. Sabiam que estão me devendo algo?
-Só se for ajuda pra achar seu cérebro, imbecil. -Respondi automaticamente.
-Não brinque comigo sua insuportável. Você é tão indesejada que nem seus pais quiseram ficar com você.

Sério, fiquei mas do que furiosa. Eu ia matar aquele imbecil, mas Rigardo tomou a frente.
-Vá lamber minhas botas. Peter seu infeliz.
-Seu bastardo... -Peter armou um soco na nossa direção, mas Rigardo foi mais rápido e passou uma rasteira no idiota.

Saimos andando em direção ao prédio, mas ainda pude ver o nosso professor de matemática, o Sr. Carl, nos olhando da sala dos professores em seu terno de vinil brilhante.

Com isso tive certeza de que estava ferrada.

==========X==========

A aula estava normal.
E no meu caso normal significa que não conseguia ler nada, mexia a mão e batia os pés a toda hora enquanto minha mental vagueava se prendendo a coisas inúteis como o excesso de umidade no ar.

-Senhorita Smith, qual a resposta da equação na lousa? -A voz do sr. Carl saiu mais ameaçadora que de costume.

Olhei para a lousa e encolhi os ombros.
-Não consigo ler senhor.
A sala irrompeu em risos como se eu fosse uma palhaça. Ele me fuzilou com os olhos.
-Venha. Vamos de ter uma conversinha, Galatea Smith.
Mais risos. Entenda: ninguém na escola ou no orfanato me chamava de Galatea, no máximo de Téa. Mas tente ter um nome que lembra a palavra galáxia. Não é confortável. Meus pais souberam ser criativos.

Obedeci o sr. Carl mesmo com um súbito medo atingindo meu corpo. Ele me guiou até os banheiros aos pés de uma das escadas.

-Desculpe senhor Carl, acho que minha dislexia tem piorado mais do que eu queria.
Então a voz dele soou como guincho agudo de acusação:
-Não seja tola. Acha mesmo que esse é o maior dos seus problemas, filhote de deus?
-Como?!
Olhei para o lugar de onde a voz do sr. Carl vinha, mas o que vi não foi meu professor de matemática e sim um homem com o rosto deformado com dentes amarelos e afiados. O terno de vinil se transformou em asas de couro e a criatura, seja lá o que ele se transformou, avançou contra mim.

Me joguei para dentro do banheiro um segundo antes de sentir o batente explodir atrás de mim. Uma dor lancinante atingiu meu braço, olhei receosa e vi uma lasca de madeira de uns vinte centímetros cravada em meu antebraço.

-Merda!
Ouvi um grito agudo e corri pro fundo do banheiro.
Minha cabeça latejava, meu braço doendo sem parar, tinha uma pressão horrível no meu estômago e o mais incrivel é que meu cérebro parecia uma máquina tentado traçar planos de fuga.

Eu tinha certeza que se o senhor Carl não me matasse morreria de qualquer forma.
-Não pode fugir de mim, filhote de deus.
O senhor Carl entrou num rasante pelo banheiro direto na minha direção. Fechei os olhos certa de que ia morrer e a única coisa que consegui pensar foi: “Devia ter me declarado.”

Então a pressão em meu estômago pareceu se tornar um terremoto, a imagem dos canos de água me veio a cabeça e eu ouvi novamente o grito estridente do senhor Carl, só que dessa vez senti também água jorrando de todos os lados.

Abri os olhos e vi o senhor Carl sento jogado contra a parede oposta pela água que saia de todos os canos do banheiro, Rigardo entrou no banheiro nem cinco segundos depois pouco antes da água cessar. Ele olhou para o monstro.

-Mas o quê?!
O senhor Carl ignorou a presença dele e se preparou para me atacar, então Rigardo gritou:
-Não toque nela seu monstro. -O monstro pareceu retroceder, como se não pudesse desobedecer. -Vá embora e não volte.

Do nada o monstro irrompeu em chamas verdes e desapareceu, deixando Rigardo e eu em um banheiro destruído. Ele se aproximou de mim, analisou meu ferimento, talvez pensando em como trata-lo.

-O que era aquela coisa?
-O senhor Carl.
-Como?
-Não faço idéia.
-Como você está seca no meio dessa água toda?
-Como eu vou saber?
Então como se vindos do nada Percy e Annabeth apareceram acompanhados de um garoto que era idêntico a Rigardo, só que mais velho: cabelos negros como a noite, olhos mais negros do que se pode imaginar e pele azeitonada.

-Pelos deuses o que houve aqui? Parece até seu primeiro dia no acampamento Percy. -Annabeth falou analisando a cena.

-Muito engraçado sabidinha. Consegue sentir algo Nico?
O garoto moreno pensou por instantes, como se analisasse o ambiente.
-Uma benevolente partiu a pouco, mas inda sinto seu cheiro.

-Vocês mataram o monstro? -Percy olhou curioso.
-Não. Mas acho que fui eu que estourei os canos, embora eu possa ter delirado.
-Não acho que você delirou, até por que aquela coisa pareceu me obedecer quando mandei ele ir embora. -Rigardo pareceu confuso.

Todos pareceram ficar sem ar.
Percy agarrou meu braço bom e me levou para a pia, onde colocou a parte machucara debaixo da água e puxou o pedaço de madeira do meu braço.

Eu achei que ia urrar de dor, mas só senti um leve ardume e quando olhei o machucado que deveria estar horrível o que vi foi a água fazendo-o cicatrizar.

-Ei! Como...? -Mas Percy não me deixou terminar.
-Percy é você que ...? -Annabeth se interrompeu.
Meu irmão olhou-a e fez sinal de negativo.
-Depois que chegarmos ao acampamento... -Ele se virou para o tal de Nico. -Assim que chegarmos a Long Island chame a Sra. O’Leary.

-Pode deixar.
-Annabeth, assim que sairmos daqui e pararmos tente falar com Quirón. Não vamos arriscar fazer uso de celulares.

-Tudo bem.
-Agora os dois. -Ele olhou para nós e estava bravo. -Vão nos acompanhar nem que seja amarrados e nem cogitem fugir.

Concordamos. Por alguma razão pareceu melhor obedece-los.

Continua...
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Seg Dez 05, 2011 3:27 pm

Cap IV: Uma Combinação Estranha na Sala da Casa Grande

by Annabeth

Depois de encontrar Rigardo e Galatea saimos correndo da escola como doidos a fim de despistar alguns professores, alunos e serventes.

Percy e Nico a minha frente, cada um segurando sua espada disfarçada, enquanto eu tentava fazer Galatea e Rigardo andarem mais rápido.

Entramos em um beco para descansar, para nosso sorte foi no exato momento que uma mensagem de Íris chegou. Era Quirón.

-Pelos deuses o que aconteceu. Sally me ligou dizendo que vocês tinham se perdido dos garotos.
-Travessuras de meio-sangues Quirón. -Respondi
-Entendo. Ainda assim se apressem, não estou com um bom pressentimento.
A mensagem sumiu e Nico voltou dizendo que tinha conseguido um táxi para nos levar até Long Island.

==========X==========

Não sei se podiamos considerar sorte não sofrer nenhum ataque até a fronteira do acampamento e chegar até a Casa Grande ilesos. Mas por mais estranho que fosse tivemos essa benção dos deuses.

O que eu considerei uma boa noticia.
A má noticia: eu estava passando mal.
Agora a parte estranha foi entrar na sala da casa grande e encontrar Quirón (em sua forma humana) e Clarisse sentados a mesa, esta última conversando animadamente com uma mulher ruiva, de olhos negros (que eram ao mesmo tempo profundos e cruéis) e pele bronzeada.

Quando nos viu Quirón veio em nossa direção na cadeira de rodas.
-Vejo que dessa vez todos chegaram bem. -Ele analisou Galatea e Rigardo cuidadosamente. -Realmente, eles tem auras fortes, não acha Teresa?

-Se isso é tão obvio por que pergunta Quirón. -A mulher ruiva respondeu sem nos olhar, voltando a beber algo que eu sabia ser néctar como se fosse água.

-Cuidado. Se beber muito disso pode morrer. -Disse enquanto a sala parecia girar um pouco.
Ela pareceu rir.
-Sinto informar que desse mal não perecerei.
-Qual o seu chalé?
-Me diga você, de qual chalé eu pareço ser?
-Eu não... -Então minhas pernas fraquejaram e tudo ficou escuro.

=================================================================

by Teresa

Não sei dizer muito bem como reagir a tudo que aconteceu.
Tinha chegado no acampamento pouco depois das sete e minha conversa com Quirón apesar de necessária não foi fácil ou agradável.

Não demorou muito Clarisse, uma das filhas de Ares, me identificou e pediu para conversar comigo. No fim o assunto era simples: passamos horas debatendo táticas de guerra na sala da Casa Grande.

Já era quase uma hora da tarde quando aquele grupo entrou na sala e eu devo admitir que a garota loira me incomodou muito além do normal.

-Vejo que dessa vez todos chegaram bem. -Ele analisou alguns dos garotos cuidadosamente. -Realmente, eles tem auras fortes, não acha Teresa?

-Se isso é tão obvio por que pergunta Quirón. -Novamente aquela maldita mania dele de perguntar o que eu não queria saber.

-Cuidado. Se beber muito disso pode morrer. -A garota loira disse preocupada.
Tive que rir pelo menos um pouco.
-Sinto informar que desse mal não perecerei. -O dia em que néctar me matasse seria o fim do mundo.

-Qual o seu chalé? -Ela era curiosa
-Me diga você, de qual chalé eu pareço ser?
-Eu não...
Então tudo aconteceu muito rápido para entender.
A garota loira desmaiou no exato momento que aquela energia infeliz me atingiu e sem nem pensar eu agarrei o corpo dela antes de qualquer outro reagir.

-Não acredito... ela... Quirón! Quem é ela?! -Eu estava furiosa agora. Não, eu estava apavorada.
-Ela é Annabeth Chase, uma das filhas de Atena.
O que havia com aquele centauro afinal? Eu já sabia disso só de olhar a garota.
-Quirón, eu não sou cega ou burra. QUEM é ela?
-Annabeth. -Um garoto de olhos verdes pôs a mão sobre a testa da garota em meus braços.
-Quem é você?
-Sou Percy Jackson, filhos de Poseidon e namorado dela.
Certo. A parte boa era que eu tinha a minha resposta. A parte ruim: não havia gostado dela.

Agarrei o garoto pelo colarinho e cheirei o alto de sua cabeça, fazendo o mesmo com a garota.
-Quirón, pra onde eu levo ela?
-Para o nosso chalé.
-Poseidon?
-Não. Meu chalé e de Annabeth próximo a praia. Como o de Clarisse e Chris perto da floresta. -Respondeu Percy revirando os olhos.

Certo, eu precisava ter uma séria conversa com Quirón e aqueles deuses.
Levantei-me com a garota nos braços.
-Mostre-me o caminho, filho de Poseidon.
Eu havia encontrado o que procurava, o que não era bom.
Agora bastava o oráculo fazer sua parte.
Droga.

Continua...
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Sex Dez 16, 2011 10:26 pm

Cap V: Nem Sempre o Azar é de Todo Ruim?


by Galatea

Depois de ver Annabeth desmaiar e toda a sequência de fatos eu decidi que preferia passar minha vida sendo órfã a ter tido aquele dia.

Comecei descobrindo que o monstro do meu professor me atacou por que eu era uma meio-sangue. O que não explicou muito até o cara na cadeira de rodas de nome Quirón começar a falar que meio-sangue eram filhos de deuses gregos com humanos.


De início pensei que o cara era louco. Até ele sair de sua cadeira virando um ser meio-homem e meio-cavalo. O que realmente me impressionou. Ele também fez o favor de nos apresentar ao sr. D (que eu vim a descobrir de cara ser o deus Dionísio).

De cara pensei que ele iria me matar, mas depois de meia dúzia de palavras ele pareceu gentil e disse que se todos os meios-sangues fossem como eu e Rigardo ele queria mais uns dois mil. O que realmente me fez não entender nada.

A aquela altura eu já acreditava que era uma meio-sangue ou seja lá o que for. A garota de nome Clarisse me cumprimentou dizendo com um largo sorriso:

-Cruze meu caminho e eu te mato garota.
Mas posso jurar que ela estava brincando. Acho...
Por fim quando o cansaço me tomou acabei desmaiando.

==========X==========

Quando finalmente acordei estava deitada em uma cadeira de praia na sacada da casa do tal acampamento. Ao meu lado Rigardo estava sentado me esperando despertar.

-Oi. Eu sonhei ou era real?
-Infelizmente é tudo real. -Ele estendeu um copo com algo que eu não sabia ao certo o que era mas apesar da cara de energético tinha cheiro de chá de menta com limão e bolo de chocolate que a mãe Sally fazia aos fins de semana. -Me pediram pra te dar isso assim que acorda-se.

-O que é?
-Só me disseram que te faria se sentir melhor. -Ele respondeu sorrindo de uma forma que não me deixava contrária-lo.

Peguei o copo e tomei. Tinha um gosto tão bom quanto o cheiro e tomar aquilo me fez sentir melhor. Era como se nada de mal tivesse me acontecido fisicamente.
Me levantei já ciente de que tudo que me lembrava era real.
-Vamos andar Rig. Quero conhecer esse lugar melhor. -Falei já indo para a escada da sacada.
-Obvio que eu vou, se não quem vai te impedir de se meter em encrenca.
Olhei-o como quem queria saber que moral ele tinha para dizer aquilo mas o seu sorriso novamente me desarmou, não me deixando retrucar. Apenas estendi minha mão para ele que gentilmente a segurou andando ao meu lado pelo acampamento.

Fomos guiados por um sátiro muito simpático que estava de passagem chamado Grover, ele era enorme, mas muito agradável. Vimos o colossal anfiteatro. As chaminés das forjas e o arsenal (admito que me impressionou saber que tinha uma forja e um arsenal em um acampamento). O pavilhão do refeitório era magnifico, antigo e novo ao mesmo tempo.

A área dos chalés era incrivel e me chamou muito a atenção. Diversos prédios construídos em arquitetura grega antiga. Os treze maiores na parte principal da formação em “U” eram imponentes e majestosos, cada um a sua forma. Outros menores faziam o “U” continuar até quase se fechar. Na parte da frente dos chalés bem no meio da formação havia um lago e no gramado entre logo e chalés diversas esculturas gregas enfeitavam o jardim.

Quirón veio até nós e nos apresentou aos chalés. Desde o de Zeus com o casal de irmão gêmeos chamados Alicia e Alphonse Sky; os chalés vazios de Hera e Ártemis. O de Poseidon aonde Percy dormia com Tyson, o ciclope, e depois com Edward, outro dos filhos de Poseidon. No chalé de Atena haviam crianças com cara de sabidas. No de Hades além de Nico havia uma garota de dois anos chamada Mellisa, que eu podia jurar era idêntica a Rigardo. No de Ares todos eram mal encarados e o chalé em sí me lembrava uma casa habitada por crianças de um reformatório. O de Hermes era a casa da mãe Joana, com campistas saindo por todos os lados.

Haviam tantos campistas que eu fiquei impressionada que todos fossem filhos de deuses. Pensar no fato de que eu era como eles trouxe uma certa angústia ao meu coração, afinal de quem eu era filha?

Me ocorreu que Quirón poderia saber, perguntei isso a ele e a resposta não foi o que eu queria:

-Bom seu pai ou sua mãe, um deles é um Olimpiano. Já faz algum tempo que os deuses passaram a reconhecer seus filhos quando eles fazem doze anos e chegam ao acampamento. Mas não se preocupe, até a hora do jantar é provável que tenhamos uma resposta a sua pergunta.

Aquilo não me pareceu uma frase de boa sorte.

==========X==========

Ainda estavamos longe da hora do jantar, mas já haviamos arranjado uma grande confusão.
Logo depois que Quirón nos deixou para ver Percy e Annabeth eu vi uma garota do chalé de Ares chamada Maria Porto, de uns quatorze anos, maltratando uma garota filha de Hécate chamada Mikaela, de uns dez anos. Só para variar eu tive a péssima idéia de ir defender a menininha. Pra quê?

Acabei chamando Maria de javali idiota desgovernado e ela avançou em minha direção com uma lança, quase me acertando na primeira investida. Por incrivel que pareça consegui desviar.

Rigardo até tentou me ajudar, mas Maria era experiente demais, acertou vários golpes de raspão em nós até nos encurralar no pier e nos derrubou na água com sua última investida.

Eu e Rigardo nos levantamos, por alguma razão me sentia bem na água mesmo toda ferrada. Então Maria falou algo que me enfureceu:

-Não venham se achando não. Idiotas indefinidos não tem a menor chance por aqui. E vocês menos ainda seus fracotes.

Não sei por que mas a palavra indefinidos nos soou pior do que indesejados, não só para mim, mas para Rigardo também.

A água pareceu responder a minha fúria e um gêiser atingiu a cara feia de Maria como um rojão fazendo-a cair para trás. Não sei como, mas no mesmo momento um mastim negro do tamanho de um carro apareceu prendendo Maria ao chão, uma pata em cada membro de seu corpo e a boca a poucos centímetros de seu rosto.

Rigardo se aproximou do animal e disse baixo:
-Não a machuque, apenas segure-a. -Ele estendeu a mão e acariciou curioso a cabeça do cachorro.
Ao longe eu ouvi alguém gritar:
-Mas que droga é essa?
Me virei e vi Clarisse ao lado de Teresa paradas na entrada da área dos chalés. Um pouco atrás delas Quirón apareceu com Percy e Annabeth em suas costas. Seus rostos um pouco supressos logo ficaram completamente perplexos.

Olhei para Rigardo para saber se ele havia entendido algo além de aparentemente estarmos ferrados e vi que sobre sua cabeça pairava uma imagem.

Não. Não era uma imagem e sim um holograma. Um holograma negro com um elmo dourado na cabeça de uma caveira. Apontei para sua cabeça no mesmo momento que ele apontou para a minha.

-Sua cabeça. -Dissemos juntos.
Olhei para o alto sobre minha cabeça e vi um holograma verde água com um tridente dourado.
Ao longe ouvi a voz de Quirón:
-Salve Rigardo Wolf! Filho de Hades, senhor da Morte, dos Espíritos e do Mundo Inferior.
“E salve Galatea Smith! Filha de Poseidon, senhor dos Mares, dos Terremotos, das Tempestades e Pai dos Cavalos.”
Todos no acampamento se curvaram. Até mesmo Teresa e o Sr. D fizeram um breve aceno com a cabeça.

Rigardo e eu sorrimos. Tinhamos irmãos. Tinhamos pais. Tinhamos uma família.
Naquele momento eu realmente pensei. Eu acreditei que nem mesmo todo o azar da minha vida poderia estragar aquele dia.

Infelizmente eu errei. E errei feio.

Continua...
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Mensagem por Lilliel Eucaristia Ter Dez 27, 2011 8:55 pm

Cap VI: Forço Uma Conversa Nada Agradável

by Percy

Por fim Poseidon aceitou meu pedido e confirmou que Galatea era minha irmã. Bem como Hades atendeu ao pedido de Nico.

Não, nós não sabiamos com certeza que eles eram nossos irmãos. Mas a desconfiança era mais que grande.

Isso já tinha um dia. De toda forma acho que Galatea gostou de todos os irmãos. Até do pestinha do Edward. Rigardo e Nico também estavam indo bem cuidando de Melissa.

O que me preocupava naquele momento era o mal-estar de Annabeth que não havia melhorado com o néctar, ambrósia, ou as técnicas medicinais de Quirón e dos filhos de Apolo.

Por isso passei para Nico as instruções do que ele devia informar Téa. Coisas básicas sobre seus poderes. Não iria sair do lado de Annabeth até ela melhorar.

Também tinha aquela tal de Teresa que havia sentado na grama perto do lago junto com Clarisse e encarava a mim e a Annabeth na beira do pier com uma intensidade que chegava a incomodar.

Ela não desviava o olhar de nós por um momento sequer.
-Não gosto daquela garota. -Disse a certa altura encarando Teresa.
-Garota Percy? Ela deve ter uns vinte e poucos anos, garota não é um termo apropriado. Mas enfim, o que mares fez você não gostar dela? -Annabeth disse em seu tradicional trocadilho sobre eu ser filho de Poseidon.

-Acho que você tá passando mal por causa dela. Olha a animação com que ela conversa com a Clarisse.

-Francamente não consigo entender. Pensei que você e Clarisse tivessem superado a fase de tentar se matar.

-Superamos, mas não sua mãe e o pai dela.
-E o que isso tem a ver com a Teresa?
-Ela me lembra Ares. Só que de uma forma mais cruel.
Annabeth pareceu desanimar, se encostou em meu ombro e sussurrou:
-Me leva de volta pro chalé.
Sua voz me assustou. Parecia cansada demais, fraca demais, doente demais.
-Chega. Vou pedir pro Quirón te examinar de novo.
-Não vai adiantar.
A voz atrás de mim me assustou e ver Teresa puxar Annabeth de meus braços me apavorou.
-Deuses. Quanto mais eu rezo mais assombração aparece.
-Do que está falando garota.
Ela me ignorou e eu fiz a besteira suprema de agarrar seu pulso.
Como fui idiota. Aquela louca irrompeu o próprio pulso em chamas e me olhou de forma tão furiosa quanto Ares no dia em que o feri, mas tão poderosa quanto o poder de Hades.

-O que...? -Mergulhei minha mão no lago tendo certeza de que meus ossos deviam estar se dissolvendo.

-Não brinque comigo filhote de deus. Não é por ser filho do Barba de Cracas que vou hesitar em arrancar sua cabeça se me desafiar.


Teresa parecia mais terrível se todos os deuses estivessem ensandecidos do mais puro ódio. Ainda assim ela pegou Annabeth cuidadosamente nos braços e foi na direção de nosso chalé.

===============================================================

by Annabeth

Se eu tivesse que escolher a coisa mais bizarra do meu dia ficaria em duvida entre ver Teresa quase dissolver a mão de Percy com fogo, ouvi-la chama-lo de filhote de deus ou entender por que ela chamaria Poseidon de Barba de Cracas.

Teresa me levou até meu chalé e de Percy, me colocou sobre a cama e pôs sua mão sobre minha testa. Ela começou a murmurar palavras em grego muito antigo. Mesmo sem entender uma única palavra que ela falou me senti muito melhor, como se depois de dias pudesse respirar novamente.

-Descanse criança, assim até a hora do jantar você se sentirá melhor.
Senti como se uma mãe me desse conselhos. Foi definitivamente a coisa mais bizarra do meu dia.
-Como sabe que vou me sentir melhor se fizer isso? O que você fez? Por que me chamou de criança? Quem... quem é você?

-Descanse. Quando o oráculo chegar e a noite cair as coisas só tendem a piorar. -Até lá descanse. -Ela fez menção de sair e eu de segui-lá.

-Então me explica. Eu preciso saber. Você fez algo que me ajudou até mesmo a respirar melhor depois de dias.

Teresa respirou fundo e sentou ao meu lado na cama.
-Droga. -Ela murmurou. Respirou fundo novamente e começou: -Você já deve ter ouvido falar das Grandes Profecias correto?

-Infelizmente. -Vi uma se cumprir e outra ser feita. Tinha certeza de que nada podia ser pior.
-E já ouviu falar em Profecias Supremas ou Divinas?
-Não seriam aquelas que marcam os fim e o começo das “Eras”, seria?
-Exatamente. -Senti meu sangue gelar. -Assim como a de Cronos e a de Zeus.
-E o que isso tem a ver com a nossa conversa? -Eu sei que não devia ter perguntado, mas foi inevitável.

-Eu sou membro de uma dessas Profecias Divinas. Sou a primeira de três partes da profecia feita para os próximos três grandes. E você está com a segunda.

Senti todo o meu corpo gelar. Não queria acreditar. Precisava saber mais.
-O que diz essa profecia?
-A profecia inicial é bem simples:
“Nem o mais profundo ódio impedirá o amor verdadeiro de brilhar.
E Três Novas Coroas farão o mundo avançar.”
-É tão simples que dá medo pensar no significado. -Confessei, mas algo fazia sentido.

-Sim, os deuses pensaram o mesmo. Mas com o tempo ignoraram a profecia por que entre eles ela não fazia sentido. Só que não era o amor entre os deuses que cumpriria a profecia, era o amor entre seus filhos meio-sangues. E quando a profecia foi finalmente revelada de verdade eles não podiam fazer nada, o primeiro dos próximos três grandes estava a caminho.

-Mas isso é inimaginável, ou melhor, deveria ser impossível.
-Sabe, meu pai é um filho de Hades. Um tão poderoso que conseguiu graças até perante Zeus. Já minha mãe é uma filha de Ares. Ela era extremamente dedicada ao estudo de táticas de batalha sem descuidar da aparência, com isso ela acabou sendo abençoada por Atena e Afrodite. Não sei se você sabe mas Hades não morre nem um pouco de amores por Ares, digamos que guerras significam muitos mortos e muito serviço.

Certo. Aquilo já era demais para qualquer pessoa suportar. O que poderia ser pior?
-Quando descobriram que minha mãe estava grávida de um dos três grandes ninguém soube o que fazer. Então decidiram esperar a criança nascer. Quando minha mãe deu a luz a gêmeos todos pensaram que dois novos deuses haviam nascido, mas só depois de Hades e Ares tocaram minha cabeça e eu abri os olhos eles entenderam.

Teresa ficou em silêncio como se pensasse no que dizer a seguir.
-Meu irmão nasceu meio-sangue mais por minha causa que por ter parentesco com um deus e eu nasci imortal, uma deusa por direito sem ter pedido por isso. Isso aconteceu a uns duzentos e cinquenta anos.

Fiquei apavorada ao pensar naquilo.
-E você disse que eu tenho a segunda parte da profecia. -Minha voz saiu um sussurro, quase morta.
-Sinto muito ter que dizer esse tipo de coisa, mas sim, você está grávida do próximo dos três grandes.
-Quantos deuses como você existem?
-Uns vinte ou trinta contando com os meus filhos. Os demais são filhos de meio-sangues de deuses sem relação com os atuais três grandes. Seus amigos Chris e Clarisse são candidatos a pais de um deus cedo ou tarde.

-Como pode ter certeza que essa criança é um dos três?
-Por que a muito tempo outra criança quase nasceu, mas o fim da história não foi bom pra ninguém. -Não conseguia nem mesmo sentir medo mais. -Descanse, os deuses virão jantar conosco hoje.

-Mas eles não podem...
-Nesse caso eles podem.
Teresa saiu do quarto e eu não pude evitar de começar a chorar desesperadamente. Pouco depois Percy entrou no quarto.

-O que ela fez com você?
Percy parecia furioso com Teresa e mesmo querendo contar tudo para ele não me pareceu o melhor momento, mesmo eu não estava pronta para falar algo naquele momento.

-Nada. Conversamos um pouco e a história que ela me contou me fez chorar. -Menti.

-Sabia que você tá o cúmulo do estranho? Chora por nada, emotiva e sentimental além do normal.
-Me deixa Percy.
Ele fez uma cara de quem se sentia um idiota e sentou ao meu lado.
-Desculpa. Só fiquei preocupado com você, embora pareça que já tá melhor. Foi a Teresa que fez isso?
-Sim. Agora esquece isso, só o que eu quero é dormir um pouco.
Percy sorriu. Coloquei minha cabeça sobre seu peito.
Eu estava com medo, mas não conseguia reprimir aquela pequena felicidade que crescia em meu coração.

Continua...
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